Objetivo
É uma atividade que permite visualizar e revelar sentidos e símbolos dos alunos e do grupo como um todo. Pode ter diferentes organizações a depender do momento do grupo e do que seja necessário revelar. A atividade tem como suporte visual a confecção de mandalas individuais e uma coletiva feita das mandalas de cada um.Passo a passo
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Conteúdo:
Nesta atividade cada pessoa (a equipe também é convidada a participar) expressa a si mesmo em um símbolo contido em uma mandala. A mandala pode ser estruturada ou não. A estrutura básica da mandala contém um centro e dois eixos, horizontal e vertical. O centro indica a proximidade a si mesmo, maior intensidade ou importância de determinado elemento. Os eixos articulam oposições como teoria – prática, passado – futuro, etc. Sua estrutura pode conter assuntos relevantes ao momento do grupo.
Ao simbolizar a si mesmo em uma mandala, oferecemos a oportunidade de cada pessoa se organizar psiquicamente, convertendo afetos e memórias em imagens dentro de um contorno claro. Admirar coletivamente as mandalas individuais permite que o grupo se sensibilize para as singularidades, compartilhando os respectivos afetos e memórias.
A organização de uma mandala coletiva permite que o grupo se enxergue como um todo, assumindo seus “cheios e vazios”, sua personalidade coletiva, suas potências e suas ausências. O tema investigado no módulo pode aparecer ou não. A equipe deve escolher como trazer esta relação para checar o sentido do processo. Assim, esta atividade é importante para que o processo de produção não perca o acompanhamento da construção de subjetividade.
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Atividade:
Meditação imaginativa: solicitar memórias do percurso resgatando sensações e imagens significativas. O mediador pode ajudar narrando o percurso até aqui brevemente, propondo questões como: Que sensações estavam presentes? O que você sentiu de cada pessoa? Que atividades / momentos ficaram mais marcados?
Oferecer um papel (A3 é um bom tamanho) e materiais para intervenção (tintas de diferentes cores, lápis, giz de cera, etc).
Dar a consigna sobre a mandala, deixando clara sua estrutura se for o caso.
Cada um tem um tempo pra fazer a sua mandala
Quem for terminando dispõe sua mandala em uma parede para que ao final do tempo oferecido todos possam admirar as mandalas de cada um como em uma exposição.
Após algum tempo de compartilhamentos livres sobre a mandala de cada um, o mediador pede para que o grupo admire as produções como um todo: que impressões surgem do todo? Que padrões emergem? Que ausências ficaram marcadas?
Depois de algum compartilhamento, pede-se para que o grupo se organize em roda, configurando nesta o contorno de uma mandala coletiva. Pede-se para que cada um – sem sair do lugar – imagine e escolha um local específico para a sua mandala individual dentro da mandala coletiva.
Escolhidos os lugares para cada mandala individual o mediador autoriza que cada um coloque sua mandala no lugar escolhido ao mesmo tempo.
Todos contemplam o resultado, compartilhando: Que espaços estão mais preenchidos? Que espaços estão mais vazios? Como o grupo se percebe neste momento? Como cuidar para que o processo siga daqui em diante?
É importante ajudar o grupo a nomear seu processo, encontrando estereótipos, preconceitos, papéis cristalizados, bodes expiatórios, etc. Encerrar esta atividade envolve “costurar” os sentidos manifestados, dando coerência ao momento do grupo. É importante lembrar que o grupo e cada um, como todos os sistemas vivos, estão sempre em transformação, e que todos os processos se afetam entre si.